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Alvos terapeuticos para o mioma

04 outubro, 2006

Sílvia Rogatto, da Unesp de Botucatu, identificou regiões do genoma ligadas ao leiomioma uterino, tumor comum entre mulheres jovens e recebeu o prêmio Cientista Eminente de 2006 da América do Sul.

O International Research Promotion Council (IRPC) dedica-se a promover a ciência e o desenvolvimento socioeconômico em especial nos países em desenvolvimento.

O leiomioma uterino – ou mioma uterino – pode ter sintomas clínicos sérios, como esterilidade, sangramentos intensos, dores abdominais e pélvicas. “Apesar de ser um tipo de tumor benigno e extremamente comum, pouco se sabe sobre sua origem. O tratamento geralmente implica cirurgia e retirada do útero”, explica Sílvia Regina.

Há diversos fatores de risco associados ao mioma, como faixa etária dos 35 aos 55 anos, obesidade, etnia de origem africana, gravidez tardia, história familiar e uso de hormônios exógenos, como contraceptivos e terapias de reposição hormonal.

Utilizando a técnica conhecida como hibridação genômica comparativa (CGH), a pesquisadora estudou alterações em níveis de ganhos e perdas de DNA, permitindo a identificação de determinadas regiões do genoma envolvidas com a doença. “As perdas genômicas são importantes porque podem dar evidências de genes envolvidos com o processo tumoral”, disse.

O estudo sugeriu a existência de, no mínimo, três regiões distintas mapeadas nos cromossomos 7 e 15 que poderiam conter genes supressores tumorais envolvidos no desenvolvimento dos miomas.

“As perdas encontradas nessas regiões confirmam dados preliminares obtidos com a metodologia CGH, que também revelou perdas cromossômicas nas mesmas regiões do genoma. Atualmente, estamos na fase de investigar, nessas regiões, quais os genes envolvidos. Alguns deles podem ser alvos terapêuticos importantes”, disse a professora da Unesp.

Fontes:

International Research Promotion Council

Agência FAPESP

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